Evento global em 2026 impulsiona conectividade, investimentos e afroturismo
O Brasil será sede, em 2026, da 3ª Cúpula de Turismo da ONU Turismo para a África e as Américas, evento que promete transformar o Rio de Janeiro em um centro global de debates sobre sustentabilidade, inclusão e desenvolvimento no setor turístico.
O anúncio oficial foi feito durante o encontro anterior da cúpula, realizado na Zâmbia, onde representantes do Ministério do Turismo brasileiro marcaram presença e defenderam maior cooperação entre os continentes.
Durante o evento, Carlos Henrique Sobral, secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos no Turismo, destacou a crescente conectividade aérea entre a América do Sul e o continente africano.
Segundo ele, os diversos voos diretos operando entre países como África do Sul, Angola, Etiópia e Marrocos mostram que o Brasil se consolida como uma importante porta de entrada para os africanos.
“O Brasil hoje é porta de entrada da África na América do Sul, com vários voos diretos semanais da África do Sul, Angola, Etiópia e Marrocos. Isso prova que estamos realmente interligados, especialmente pela herança africana e o apoio do governo brasileiro ao fortalecimento do afroturismo no país, por meio do Programa Rotas Negras”, destaca Sobral.
Com o tema “Promovendo o turismo resiliente por meio da conectividade, do investimento e do desenvolvimento da força de trabalho qualificada”, o encontro na Zâmbia ressaltou a importância de parcerias estratégicas entre países das Américas e da África.
Entre os focos estão a ampliação da malha aérea, atração de capital estrangeiro e qualificação profissional, alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
Sobral ainda compartilhou números expressivos do desempenho turístico do Brasil: 6,7 milhões de estrangeiros visitaram o país em 2023. O impacto financeiro gerado bateu o recorde, sendo de R$ 7,3 bilhões. Além disso, o país atraiu US$ 360 milhões em investimentos externos para o setor.
Entre as iniciativas em destaque está o guia internacional “Tourism Doing Business: Investindo no Brasil”. Ele estimula parcerias comerciais e abre portas para novos negócios no turismo nacional.
Outro ponto importante é o lançamento da 1ª Escola Nacional de Turismo, em Belém (PA), que oferece cursos gratuitos para formação de profissionais. A medida reforça o compromisso com a qualificação da mão de obra e prepara o país para receber mais visitantes internacionais com excelência.
A programação do Ministério do Turismo na Zâmbia incluiu reuniões bilaterais com autoridades de países como Cabo Verde, República do Congo e Zâmbia. Apresentaram nessas reuniões o Programa Rotas Negras.
A iniciativa foi desenvolvida com apoio da Unesco e de outros ministérios. Ela visa fortalecer o afroturismo através do mapeamento de experiências e roteiros culturais com raízes africanas no Brasil.
Outra agenda importante envolveu encontros com dirigentes da South African Airways, com foco na expansão da conectividade aérea.
Já o convite oficial ao ministro Celso Sabino para participar do 1º Festival Mundial de Música e Turismo, que ocorrerá na República Democrática do Congo em julho, simboliza o reconhecimento internacional do papel do Brasil no setor.
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Apaixonada por jornalismo musical, ambiental e político, tem interesse por diferentes culturas e idiomas. Além da redação, é também fascinada por fotografia e pelo universo do entretenimento da Coreia do Sul. Com pautas focadas no mundo da arte, do entretenimento e da cultura pop asiática, busca trazer leveza ao caos do dia a dia, além de promover o acesso à informação e gerar oportunidades para todos.
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