Procedimento em cartório garante segurança jurídica e evita uso indevido de autorizações
Uma procuração feita em cartório é um documento público por meio do qual uma pessoa (chamada outorgante) concede poderes a outra (chamada procurador ou outorgado) para agir em seu nome em determinados atos ou negócios jurídicos. Muitos brasileiros já fizeram o documento, mas uma das principais dúvidas é sobre o arrependimento e se é possível cancelar uma procuração.
De acordo com o tabelião Bruno Quintiliano, conselheiro da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de Goiás (Arpen-GO), vice-presidente da Arpen Brasil e responsável por um cartório em Aparecida de Goiânia, é possível realizar o cancelamento da procuração. O procedimento, que pode ser realizado em qualquer cidade do país, devolve ao cidadão o controle total sobre quem pode agir em seu nome.
A revogação é um ato jurídico rápido e seguro. Ao formalizá-la, o procurador (pessoa autorizada a representar o outorgante) perde imediatamente o direito de tomar decisões em nome de quem concedeu o poder.
Segundo especialistas, essa medida se tornou ainda mais importante em tempos de transações digitais, quando o uso indevido de documentos pode gerar sérios prejuízos financeiros e jurídicos.
O cancelamento de uma procuração é recomendado em situações de perda de confiança, encerramento de vínculos profissionais ou pessoais, ou simplesmente quando o cidadão deseja encerrar a representação.
Quintiliano afirma que o processo é acessível e amparado por lei. “Sim, você pode cancelar uma procuração a qualquer momento. A revogação é um direito de quem concedeu os poderes, chamada de outorgante”, afirma Quintiliano. “Isso significa que, se você não deseja mais que a pessoa continue representando seus interesses, é possível desfazer essa autorização formalmente.”
Para garantir validade jurídica, o cancelamento deve ser feito por escritura pública de revogação, documento emitido por um cartório de notas.
A medida tem efeito imediato e impede o uso da procuração anterior. “O procedimento é rápido, transparente e oferece segurança jurídica às partes envolvidas”, explica o tabelião. “Em poucos minutos, o cidadão formaliza a revogação e passa a ter a garantia de que ninguém poderá usar aquela procuração de forma indevida. É um serviço acessível e fundamental para prevenir problemas futuros.”
Após a revogação, é fundamental notificar o procurador e eventuais instituições envolvidas, como bancos, empresas e órgãos públicos. A medida evita que o documento revogado seja utilizado por engano ou má-fé. “Essa comunicação é essencial para evitar confusões ou o uso indevido da autorização revogada. Assim, todas as partes ficam cientes de que aquela procuração não está mais em vigor”, reforça Quintiliano.
Os cartórios de notas estão preparados para orientar o cidadão durante todo o processo de revogação. A medida é considerada um importante instrumento de proteção patrimonial e jurídica.
“Os cartórios têm um papel fundamental na proteção do cidadão. Nossa missão é oferecer segurança e confiança em todos os atos, inclusive na revogação de documentos como a procuração. É uma forma de garantir que o poder de representação permaneça sempre sob controle de quem o concedeu”, conclui o tabelião.
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Jornalista pós-graduada em Comunicação Organizacional e especialista em Cultura, Arte e Entretenimento. Com ampla experiência em assessoria de imprensa para eventos, também compôs redações de vários veículos de comunicação. Já atuou como agente de viagens e agora se aventura no cinema como roteirista de animação.
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