Trilhas no inverno: especialista dá dicas para aproveitar parques naturais com segurança e conforto

Frio, vento e sol exigem atenção redobrada de trilheiros em áreas de montanha e altitude elevada

dicas para trilhas com segurança e conforto no inverno

No último mês de julho, visitantes que passaram pelo Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro, encontraram um cenário ideal para trilhas. O clima se manteve ameno, com céu limpo e vegetação vibrante. No entanto, para aproveitar o inverno – que dura até setembro – com segurança, a preparação adequada é indispensável.

Andrés Conquista, supervisor operacional da Parte Alta do parque (administrado pela concessionária Parquetur), alerta que mesmo trilhas fáceis exigem atenção redobrada nessa época do ano. O especialista tem mais de 12 anos de experiência em áreas de montanha e compartilha orientações valiosas para iniciantes e veteranos.

“Vista-se em camadas”, recomenda Andrés. A sugestão é usar três peças principais. Uma camada base térmica, um meio isolante e uma camada externa corta-vento ou impermeável. “É importante levar, sempre, um casaco reserva, pois o frio costuma voltar mais forte no fim do dia”, afirma.

Sol forte e vento gelado exigem cuidados com a pele durante trilhas

Durante o inverno, mesmo com temperaturas baixas, o corpo continua perdendo líquidos. A recomendação é levar pelo menos 1,5 litro de água por pessoa.

Andrés também alerta para o efeito combinado do vento e da radiação solar, que pode ser ainda mais intenso em altitudes elevadas. “O vento resseca e o sol queima a pele, especialmente em altitudes muito elevadas, onde ele (o sol) bate mais forte”, ressalta.

Itens como protetor solar, protetor labial com filtro UV, boné ou chapéu não podem faltar na mochila. Mesmo em dias nublados, o uso desses produtos é extremamente necessário para evitar danos à pele.

Alimentação leve e acessórios práticos fazem diferença

Na véspera da trilha, o ideal é optar por refeições leves e conhecidas. “Nada de experimentar coisas novas na noite anterior, para não ter surpresas de digestão”, brinca Andrés.

Durante o trajeto, alimentos de rápida absorção são os mais indicados. Barras de proteína, frutas secas, castanhas e chocolates ajudam a manter a energia. “Inclua um lanche reforçado para a parada principal do dia”, orienta.

Lanterna de cabeça ou de mão é item obrigatório, mesmo para quem não pretende ficar até escurecer. A bateria do celular, segundo Andrés, não é fonte confiável de iluminação em ambientes naturais.

Segurança e companhia adequada evitam imprevistos em trilhas

Para quem vai passar o dia em áreas afastadas, um kit de higiene pessoal é importante. Papel higiênico, saco estanque para descarte e itens biodegradáveis fazem parte da lista mínima.

A principal orientação do supervisor é: “não vá sozinho e procure guias oficiais, treinados e credenciados”, mesmo em roteiros simples. Esses profissionais conhecem os pontos de abrigo, sinal de celular, áreas de risco e rotas de evacuação.

Antes de sair, também é essencial checar a previsão do tempo, a classificação da trilha (fácil, moderada ou difícil) e os equipamentos obrigatórios exigidos pelo parque. “A trilha é uma experiência memorável e deve ser um momento de presença e de respeito à natureza. Ouça o ambiente, cuide do que carrega e aproveite cada etapa do caminho”, finaliza.

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Luanna Mendes
Autor: Luanna Mendes

Apaixonada por jornalismo musical, ambiental e político, tem interesse por diferentes culturas e idiomas. Além da redação, é também fascinada por fotografia e pelo universo do entretenimento da Coreia do Sul. Com pautas focadas no mundo da arte, do entretenimento e da cultura pop asiática, busca trazer leveza ao caos do dia a dia, além de promover o acesso à informação e gerar oportunidades para todos.

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